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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Defensor apresenta projeto para assistência de saúde integral e gratuita à população carcerária

Defensor apresenta projeto para assistência de saúde integral e gratuita à população carcerária








O Defensor Público da Comarca de Sorriso, Fábio Luiz de Oliveira, apresentou um projeto, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, com o intuito garantir a assistência de saúde integral e gratuita de toda a população carcerária do Centro de Rossocialização do Município (CRS).
De acordo com o Defensor, o objetivo do projeto é contribuir para a redução dos índices de reincidência e da quantidade de crimes que assolam a sociedade, por meio da identificação dos portadores crônicos de doenças mentais, como dependência química e alcoólica. “A partir daí podemos promover o manejo adequado de ferramentas disponíveis no Sistema Único de Saúde, bem como na sociedade, a fim de deter a doença e auxiliar no processo de ressocialização do preso”.
Para isso, o projeto possui duas frentes. A primeira prevê o mapeamento da situação individual de cada um dos detentos e realização de exames. Já a segunda, diz respeito ao amparo desses doentes, com tratamento a longo prazo, a partir do relatório com o número de atendimentos e enfermidades. 
Além disso, Fábio Luiz acrescentou que nesta segunda etapa, com base nas constatações, devem ser realizadas palestras, com o intuito de trabalhar na prevenção de doenças e fomentar o cidadão a conduzir sua vida.
Ainda conforme o Defensor, o Secretário Municipal de Saúde, Marciano José, firmou o compromisso de investir nesse trabalho a partir do início de fevereiro. A promessa foi feita após reunião com o Conselho da Comunidade.
O CRS destina-se a presos provisórios, àqueles que permanecem detidos até o julgamento final do processo e tem capacidade para 96 reeducandos. No entanto, o local também é utilizado para segregação e cumprimento de pena de réus condenados, o que eleva o número de encarcerados para quase 200. 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

TRT DETERMINA INDENIZAÇÃO



DA REDAÇÃO
            Fonte: A Gazeta

O governo do Estado foi condenado pelo Tribunal Regional do Trabalho a pagar R$ 500 mil de indenização por dano moral coletivo pelo descumprimento de normas relacionadas à higiene, saúde e segurança no trabalho nas unidades prisionais de Cuiabá e Várzea Grande. A decisão da juíza Márcia Martins Pereira acolhe pedido da Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) contra a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). A magistrada determinou ainda que os problemas sejam corrigidos em 30 dias, sob pena de multa diária de R$ 2 mil. Inspeções e laudos técnicos apresentados pelo MPT apontam que desde 2008 servidores, médicos e enfermeiros da Cadeia Pública de Várzea Grande, Centro de Ressocialização de Cuiabá, Penitenciária Central do Estado e Presídio Feminino Ana Maria do Couto May são submetidos a uma série de riscos. Entre as irregularidades está a não existência de omissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas), o uso coletivo de copos e toalhas, a existência de fossas sépticas e esgoto abertos e com transbordamento, entre outros. Na época em que o MPT apurava as irregularidades, foi instaurado procedimento preliminar após a morte de 2 servidores por tuberculose e hanseníase. Em janeiro, a juíza atendeu pedido de antecipação de tutela feita pelo MPT no mesmo processo e determinou que fossem tomadas providências para sanar as ir- regularidades. Destas, foi atendida somente a que estabelece a obrigatoriedade de fornecimento de copos descartáveis. “Passou quase um ano do de- ferimento sem que tenha sido sanada a maior parte das irregularidades”.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Internação Compulsória ou Judicial




Nunca fiz requerimento desse tipo de internação até porque essa não é minha área de atuação, mas sempre achei que se provocada a Defensoria Pública deveria agir para atender o pleito de quem busca ajuda.
A mãe de um adicto que chega desesperada no gabinete de um(a) Defensor(a) quer voltar a ter esperança, quer ter um pouco de sossego.
Assim, conforme prevê o art. 9.º da lei 10.216/2001: “a internação compulsória é determinada pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários.” Entretanto, o art. 4.º da mesma lei dispõe: “a internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.”
Muitas vezes esses recursos extra-hospitalares são inacessíveis ou mesmo desconhecidos da pessoa que está buscando orientação, portanto, antes de demandar judicialmente cabe ao patrono do caso saber que providências já foram tomadas para o “tratamento” do dependente químico.
Em recente palestra durante o XII Congresso Nacional de Defensores Públicos , em Vitória, ES, a Defensora Pública do estado de São Paulo, Daniela Scromov, fez um alerta aos participantes do evento: atentem para o art. 15 do Código Civil: “Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.”
Entre outros argumentos chamou a atenção para o uso da força que muitas clínicas ou comunidades terapêuticas costumam empregar para “pegar” o adicto, além é claro dos maus tratos que podem ocorrer nesses estabelecimentos. Citou que houve casos em São Paulo de alguns usuários permanecerem além do tempo do tratamento porque o Juiz que determinou a medida não concedeu ordem de desinternação e não havia médicos para dar alta nesses locais.
Explicou que a Defensoria Pública não pode reforçar um produto falso, que não existe fórmula mágica para “curar” o dependente e em hipótese alguma deve ser requerer a interdição. O ideal é que o tratamento seja feito pelos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). Nesse ponto concordo com a colega paulista, pois, o usuário que é internado numa chácara um dia voltará a conviver no mesmo ambiente de outrora, com os mesmos problemas, com as mesmas pessoas, tendo que passar em frente das mesmas bocas de fumo!
Importante destacar que muitas vezes até mesmo o tratamento voluntário não isenta certos lugares de praticar irregularidades e violações aos direitos humanos.
No mês de Junho deste ano um familiar dependente químico após participar de uma festa rave foi atropelado numa rodovia deste estado. Submetido a tratamento hospitalar por quase 60 dias, logo que recebeu alta resolveu espontaneamente se desintoxicar. A clínica escolhida situada fora do estado cobrava R$13.000,00 mensalmente para prestar o serviço. Por telefone o adicto havia dado sinais para um parente de que estava sofrendo maus tratos. Antes mesmo de completar um mês de internação alguém da clínica avisou por telefone que o paciente havia falecido.  Não se sabe ao certo a causa da morte, certamente está sendo objeto de investigação no estado onde ocorreu o óbito.
Tal fato me levou a refletir sobre o assunto com outro olhar e buscar mais informações a respeito. A portaria 3.088/2011 do Ministério da Saúde é um importante instrumento para que os agentes públicos juntamente com a sociedade possam realizar um trabalho de prevenção e de resgate às pessoas que enfrentam esse problema.
Violência Contra a Mulher, Violação aos Direitos Humanos, Uso Abusivo de Álcool e Drogas são temas que estão interligados e que merecem uma atenção especial. Nesses 16 dias de Ativismo Contra a Violência de Gênero, penso que poderíamos repensar sobre como estamos atuando: se estamos apenas dando uma resposta paliativa a tudo isso ou se estamos buscando a origem dos problemas para daí tentarmos solucioná-los.
Tânia Regina de Matos é Defensora Pública
(atua na vara de violência doméstica e execução penal)

domingo, 24 de novembro de 2013

Incentivadora do projeto, Defensora participa da 1ª formação de presos de MT


 




Apoiadora e uma das principais incentivadoras do projeto para formação de reeducandos da Cadeia Pública de Diamantino, a Defensora Pública da Comarca, Paula Ferreira Fernandes, participou, no último dia 17, da primeira cerimônia realizada em Mato Grosso para entrega do diploma de conclusão do ensino fundamental e médio para nove detentos.
Para a Defensora, o evento foi um marco e simboliza a vitória dos detentos. “Entre as atribuições dos Defensores está acompanhar a execução penal do preso e a formatura desses detentos simboliza uma jornada de estudo, de luta e de ressocialização, que é uma das funções do cumprimento de penas. É uma etapa vencida”.
Paula Ferreira destacou ainda, a importância de preparar os reeducandos para a reintegração na sociedade. “Que o tempo que eles ficarem presos não sirva apenas para puni-los, mas para que quando saírem estejam mais preparados para o que a vida oferece. Fiquei emocionada com a cerimônia e com o fato deles terem percebido que, apesar de estarem presos, podem ter uma oportunidade de vida melhor”.
Ratificando o dito pela Defensora, Enielson Lourenço, um dos presos diplomados, afirmou que, no futuro, pretende fazer Faculdade de Matemática. “Quando eu sair daqui vou realizar meu sonho e ter novas oportunidades de crescimento na vida. Vou aproveitar a nova chance que eu tive”.
Integrante do corpo docente da Escola Nova Chance, responsável pela formação, a professora Gizele, como é conhecida, declarou que é extremamente gratificante perceber que o aluno, independente da idade e dos motivos que o levaram à prisão, está ciente que longe das grades pode ter um futuro.

Incentivadora do projeto, Defensora participa da 1ª formação de presos de MT

Incentivadora do projeto, Defensora participa da 1ª formação de presos de MT
 
Apoiadora e uma das principais incentivadoras do projeto para formação de reeducandos da Cadeia Pública de Diamantino, a Defensora Pública da Comarca, Paula Ferreira Fernandes, participou, no último dia 17, da primeira cerimônia realizada em Mato Grosso para entrega do diploma de conclusão do ensino fundamental e médio para nove detentos.
Para a Defensora, o evento foi um marco e simboliza a vitória dos detentos. “Entre as atribuições dos Defensores está acompanhar a execução penal do preso e a formatura desses detentos simboliza uma jornada de estudo, de luta e de ressocialização, que é uma das funções do cumprimento de penas. É uma etapa vencida”.
Paula Ferreira destacou ainda, a importância de preparar os reeducandos para a reintegração na sociedade. “Que o tempo que eles ficarem presos não sirva apenas para puni-los, mas para que quando saírem estejam mais preparados para o que a vida oferece. Fiquei emocionada com a cerimônia e com o fato deles terem percebido que, apesar de estarem presos, podem ter uma oportunidade de vida melhor”.
Ratificando o dito pela Defensora, Enielson Lourenço, um dos presos diplomados, afirmou que, no futuro, pretende fazer Faculdade de Matemática. “Quando eu sair daqui vou realizar meu sonho e ter novas oportunidades de crescimento na vida. Vou aproveitar a nova chance que eu tive”.
Integrante do corpo docente da Escola Nova Chance, responsável pela formação, a professora Gizele, como é conhecida, declarou que é extremamente gratificante perceber que o aluno, independente da idade e dos motivos que o levaram à prisão, está ciente que longe das grades pode ter um futuro.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Defensoria age para combater surto de tuberculose em presídios

Escrito por 
 Subdefensor Silvio Jeferson de Santana

Os Defensores Públicos que atuam no Núcleo Criminal se reuniram com o Subdefensor Público-Geral Silvio Jeferson de Santana para debater o surto de tuberculose que atinge as penitenciárias de Mato Grosso, especialmente a Penitenciária Central do Estado (PCE), antigo Pascoal Ramos.

Participaram da reunião os defensores Altamiro Araújo de Oliveira, André Renato Robelo Rossignolo, David Brandão Martins, Othon Celestini, Augusto Celso Reis Nogueira, Erinan Goulart Ferreira, Simone Campos da Silva, Zacarias Ferreira Dias, Carlos Eduardo Roika Júnior, José Carlos Evangelista Miranda Santos, Marcos Rondon Silva, além da Corregedora-Geral Helyodora Carolyne Almeida Rotini.

Conforme os Defensores, máscaras são distribuídas até mesmo ao júri para evitar contaminação. Mesmo assim, já há casos confirmados de parentes de presos que contraíram a doença.

"A gente vive esse risco diariamente. Dos 300 presos no Raio 2, 100 presos estão contaminados. Hoje existe um risco real de contaminação", afirmou Marcos Rondon, que explicou ainda que as visitas na Penitenciária Central do Estado são diárias.

Durante a reunião, foi deliberado que haverá um encaminhamento de expediente para o Defensor Público Roberto Tadeu Vaz Curvo, da 4ª Câmara Cível do Direito Público e Coletivo, para análise de possível ingresso de ação civil pública.

O caso foi encaminhado ao Defensor Público-Geral, Djalma Sabo Mendes Júnior, que agendou para a próxima segunda-feira (7), às 14h, uma reunião com o Secretário de Justiça e Direitos Humanos, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, para debater, juntamente com os Defensores que atuam nos presídios, este e outros problemas que afetam o sistema.

"O Núcleo Criminal é, assim como os demais, de extrema importância para a Defensoria Pública. Vamos tomar providências para sanar este problema, assegurou Silvio Jeferson de Santana.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

SEMANA DA RESSOCIALIZAÇÃO





Na segunda feira, dia 26 representantes da Defensoria Pública de Mato Grosso participaram do Fórum Mato-grossense para Modernização e Humanização do Sistema Penitenciário, realizado pelo Tribunal de Justiça no Cenarium Rural.

O evento serviu para lembrar "o dia da ressocialização" que é comemorado em 26 de Agosto. No ano de 2007 foi sancionada a lei lei n° 8.705, estabelecendo a data em homenagem a Madre Teresa de Calcutá, nascida nesse dia e mês. A religiosa, considerada a mais expressiva missionária do século XX, tinha entre suas prioridades a ajuda aos mais pobres e aos discriminados, de todo e qualquer tipo de preconceito social.


No dia 27 (terça feira) houve a abertura da VII semana de Ressocialização do Estado. Promovida pela Casa do Albergado Feminino em Várzea Grande as atividades se estendem até sexta-feira com palestras, orientações a respeito de programas sociais do governo e cultos religiosos. No dia 30 haverá encerramento com uma tarde de beleza, oportunidade em que serão oferecidos cortes e tratamento de cabelo para as recuperandas que cumprem pena no regime semiaberto.

A abertura contou com a participação do Superintendente do Sistema Prisional, da FUNAC (Fundação Nova Chance) que doou livros ofertados pela REPARE e da Defensoria Pública.

A unidade feminina passou a funcionar em novo endereço acerca de 10 dias: rua Napoleão José da Costa, n.ºº 49, em Várzea Grande, próximo ao supermercado Big Lar. A mudança para a região mais central da cidade tem facilitado o cumprimento da pena pelas executandas.